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"A Biologia e a Geografia são as essências da beleza existentes nesse imenso universo."
Mariana Gueiros

terça-feira, 29 de junho de 2010

Diabete em crianças é cada vez mais precoce.

A Diabetes Mellitus (DM), epidemia mundial que se traduz em grande desafio para os sistemas de saúde de todo o mundo, é uma síndrome de etiologia heterogênea resultante da interação de fatores genéticos e ambientais, caracterizada por um conjunto de moléstias metabólicas associadas tanto à deficiência absoluta ou relativa de insulina como falta de atividade hormonal (Corrêa, 1998; Caderno de Atenção Básica). Contudo, a predisposição genética da criança junto a uma educação alimentar irregular são os principais responsáveis por provocar esse tipo de diabetes em infantes de 5 a 10 anos ou em outros níveis etários.
Apesar das formas de diabetes mellitus ter em comum a hiperglicemia, o autor Robbins e Cotran, afirma ainda que muitos dos processos patogênicos da doença variam muito e podem, portanto ser classificadas em duas categorias o diabetes tipo 1, provocada pela deficiência absoluta da insulina devido a destruição das células β pancreáticas e a tipo 2 ocasionada pela combinação da resistência periférica à insulina aliada a uma má eficiência das funções das células β de secretarem a insulina.
No que se relaciona aos tipos de diabetes, a ocorrência de diabetes melito tipo 1 em crianças abaixo de 5 anos é rara, mas vem apresentando um aumento em sua incidência em vários países do mundo, justamente pelo mascaramento através das fraudas do aumento da diurese e a sede se manifestar por choro ou irritabilidade, que são sintomas inespecíficos.
Por isso o diagnóstico de diabetes deve ser feito precocemente na tentativa de evitar as complicações crônicas da DM (microvasculares, como retinopatia, nefropatia e neuropatia periférica, e macroangiopáticas, como doença cardiovascular e doença vascular periférica), como também da cetoacidose diabética (CAD), um quadro grave o qual ocorre principalmente em portadores de DM tipo 1 que, se prontamente reconhecido e adequadamente tratado evolui com prognóstico favorável (Lebtag et AL, 2009). Caso contrário esta criança, corre risco de apresentar sérios problemas de saúde na segunda ou terceira década de vida, o que será lamentável. (Manna, 2007).
No Brasil, a DM tipo 2 está crescendo muito em função do aumento da obesidade. Crianças sedentárias, obesas ou que têm diabetes na família ficam mais predispostas. No caso da obesidade, isso ocorre porque o tecido adiposo funciona como uma barreira. A gordura produz uma substancia que piora a resistência à insulina. Souza e colaboradores (2004) em estudo buscou investigar a prevalência de resistência insulínica e diabetes tipo 2 em crianças e adolescentes obesos e verificaram que 15,4% apresentavam intolerância a glicose e aproximadamente 90% resistência a insulina. Sendo 5,1% das meninas do subgrupo de 10-16 anos apresentavam diabetes mellitus tipo 2. Portanto, entre os cuidados para evitar esse tipo de diabetes, é importante uma dieta saudável e a prática de exercícios físicos.
Contudo, deve-se ressaltar que a alimentação das crianças portadoras da diabete tipo1, não é diferenciada das demais crianças de sua idade, pois estas precisam das reservas lipídicas suficientes para seu desenvolvimento. Por isso é de suma importância já ir educando a criança a ter hábitos alimentares saudáveis e passar a obter lipídios em outras formas de alimentos que tenham um valor nutricional significativo e que estes não danifiquem o tratamento e nem a saúde do pequeno paciente.
Portanto, para driblar a irregularidade da aceitação alimentar criou-se de acordo com o artigo lido da
[Arq. Bras. Endrocrinol. Metab. 2008; 52/2; Diabetes na primeira infância /Calliari & Monte] “As insulinas de ação ultra-rápida apresentam a vantagem de poderem ser aplicadas imediatamente após a refeição, possibilitando aos pais avaliar a quantidade de comida ingerida e calcular a dose necessária. Essa alternativa garante segurança, reduzindo a chance, tão temida pelas mães, de que a criança receba insulina antes da refeição e depois recuse a alimentação.”
Como resultado, o tratamento para diabetes tipo I deve incluir a reposição parenteral de insulina, porém no caso das crianças além da reposição hormonal precisa-se a contribuição dos parentes que é fundamental para que o pequeno paciente não perca a autoconfiança e não transforme o processo terapêutico um verdadeiro transtorno familiar. Para isso os pais da criança além de acompanharem nas mudanças de hábitos alimentares e físicos, devem imediatamente após recebimento do resultado da doença serem orientados pelo médico há começarem o tratamento do jovem portador da diabete tipo 1 adequadamente.

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